Quando me aposentei, arranquei o relógio do pulso e joguei fora. Finalmente eu seria livre. Aí apareceu essa doença. Toda sua vida havia sido de uma concretude às vezes brutal. Ailce se revolta contra Deus. Seu câncer é uma pedra no meio do caminho das vias biliares.
Bate acelerado e fica baqueado só de falar com você. Trago as melhores sensações do mundo no meu seco de dança. Abrace-me, me envolva no teu balanço, me olhe com o seu olhar fatal e vem menear-se comigo. Lembro-me daquela noite, nossos passos de dança iluminados pelas constelações. Eu, você, o infinito e o universo conspirando a nosso favor. Faço da vida um passo de dança, ela aceita e eu faço o meu improviso. Rebolo dos problemas, ensaio os novos encontros e rodopio com as novas descobertas. Ah, se eu pudesse te eternizar, reviver nossos momentos, repetir a nossa história. Vem dançar comigo outra vez?
O propósito desse texto é explicar quanto a dança e a arquitetura se assemelham e até mesmo se relacionam. Depois entenderemos a espacialidade na arquitetura e como ela é criada a partir dos movimentos dos corpos no espaço ou eventos. Ela é usualmente criada por um coreógrafo para ser exibida em um palco. Criada por um arquiteto, que distribui seus espaços internos, define sua materialidade entre muitos outros aspectos técnicos. Como podem se assemelhar uma arte baseada em movimentos e outra de estabilidade física?